Estive a analisar de novo o problema e cheguei a novas conclusões.
1. A grelha atual é um arredondamento da original mas sem nenhuma diferença prática. Em vez de 66/157, a largura de grelha é agora um número décima finita quase igual. E, em vez de estar ancorada exatemente nos -12 de latitude, passa a um mícron dessa linha. Aqui está o que se pode ler em lib_googlemap.js:
//constants
var dotheight =
0.28;
var dotwidth =
0.4203821656050955414;
//anchors
var minlat =
-89.72;
var maxlat =
89.76;
var minlon =
-178.89171974522292993630573248395;
var maxlon =
179.69426751592356687898089171965;
Se bem percebo, a precisão destas constantes é desnecessária, já que, mesmo com precisão de 64 bits, tudo o que esteja além dos 15 dígitos significativos é ignorado — o que, no caso das latitudes, representa 12 casas decimais. Além disso, um erro na 11ª casa decimal corresponde mais ou menos a um mícron, por isso mesmo nos quase mil dots de largura total da grelha nos quase 360º que preenche, o erro acumulado não ultrapassa um milímetro.
2. Não percebo porque é que a longitude mínima não apanha mais duas colunas de dots a oeste. Para aproveitar o máximo possível e deixar apenas uma faixa não mapeada em dots, podia chegar aos -179,732484076432º. A grelha tem agora 853 dots, quando podia ter 855 (ou mesmo 856 mas ver limitação que menciono de seguida).
3. Se a constante minlon for alterada para -179,732484076432, mesmo assim fica uma faixa não mapeada, com mais de 60 km de largura no equador. Isto é
mais do que a largura de um dot mas parece-me provável que não seja tecnicamente possível definir minlon = 180,152866242037, que é maior do que maxlon e maior do que 180º. Não vejo razão nenhuma para não se alterar a constante minlon.
4. Mesmo que se altere a longitude mínima desta forma, continua a haver alguns lugares
- que calham fora da grelha;
- onde é possível obter notas;
- e cujas coordenadas poderão um dia estar registadas no EBT
São muito poucos, a não ser nas Ilhas Fiji. Mas neste momento, continua a não haver pontos fora da grelha com registos no EBT.
Segue-se a lista de pontos, corrigida:
- Na Rússia, o posto de Zvjozdny na ilha de Wrangel, onde está uma dúzia de cientistas e onde vão às vezes expedições porque a ilha é património mundial da UNESCO.
- Ainda na Rússia, mais a sul, no distrito de Iultinsky, 5 pequenas localidades: Ryrkaipiy, Mys Shmidta, Amguema, Egvekinot, Uelkal (no total, com 4500 pessoas).
- No Alasca (Estados Unidos), o canto leste da ilha deserta de Semisopochnoi (ou Unyak). As expedições devem ser muito raras apesar de fazer parte do Alaska Maritime National Wildlife Refuge.
- Em Tuvalu, as ilhas do atol de Nukulaelae (393 habitantes espalhados por várias localidades).
- Em Fiji, uma quantidade não negligenciável de pequenas localidades nas províncias de Macuata, Cakaudrove e Lau.
Apesar de não serem muitos pontos no total, infelizmente existem e poderão um dia vir a criar um problema.
5. Para evitar o problema da faixa fora da grelha, deveria alterar-se a grelha de modo a que preenchesse por completo os 360º. Isso só é possível alterando a largura dos dots. Mas, se isso for feito, com certeza grandes caçadores de pontos perderão um ou outro, o que, mesmo ganhando outros, pode significar ficarem com um buraco no mapa muito difícil de voltar a conquistar.
Mesmo assim, se a alteração for feita, o número de dots à volta do globo deveria passar a ser de
857 em vez dos atuais 855 possíveis (e 853 reais). Com precisão de apenas 8 casas decimais para o tamanho do dot (0,42007001º), os 360º são, na prática, divisíveis em 857 partes iguais (apenas 0,00000143º, ou
menos de 15 cm, de diferença no equador). Mesmo com precisão de 7 casas decimais do dot (0,4200700º), a diferença no equador é ainda de apenas 0,00001º, ou cerca de 1,11 m.
Para não haver nenhuma faixa perdida, a grelha deveria começar nos -180º. À latitude da sede do ECB em Frankfurt (50,1089111º), a
largura do dot seria assim de cerca de 30049,13 metros, quando atualmente é de 30071,0 metros.
Quanto às latitudes extremas, é contraproducente definir pontos fora da
projeção usada no Google Maps, cujos limites são -85,06 e 85,06º. De qualquer forma, fora destes limites não há lugares habitados onde adquirir notas, à exceção do
Polo Sul, do acampamento russo
Barneo (que só funciona em Abril), e do Polo Norte (que não é habitado nem sequer temporariamente mas onde é possível adquirir notas de outros membros de uma eventual expedição).
Os dots têm atualmente de altura 0,28º. Para que na Eurotower de Frankfurt o dot seja um quadrado perfeito, deveriam ter 0,27015040º. Sendo assim, a base do mapa há de começar 314,5 dots abaixo do equador, a -84,9623008º. E acaba os mesmos 314,5 dots acima do equador, claro. O mapa fica assim com 629x857 dots. (Nota: ao colocar o equador a atravessar um ponto e não como divisão entre dois pontos, garante-se que uma nota obtida no equador tenha um ponto inequivocamente atribuído.)
Em suma, no mapa ideal os dados deviam ser:
//constants
var dotheight =
0.27015040;
var dotwidth =
0.42007001;
//anchors
var minlat =
-84.9623008;
var maxlat =
84.9623008;
var minlon =
-180;
var maxlon =
179.99999857;
[edit: refiz os cálculos e mudei o número de dots do mapa ideal, que tinha inicialmente dito serem 628x858; acrescentei os limites das latitudes extremas do mapa ideal; corrigi duas pequenas gralhas, uma delas importante, já que dizia «À longitude de Frankfurt» onde queria dizer «À latitude de Frankfurt»; corrigi.]